viernes, 8 de agosto de 2008

NANÚ DA SILVA BRASIL

Monólogo Meus sonhos não morrem comigo.

Os poemas que foram meus, por alguns segundos;

Acabo de abortá-los

Para que eles trilhem seus próprios caminhos

Nesse mundo de palavras e

Letras daninhas.

(Anigav - Hoje, a única alternativa para esse apocalipse motorizado é uma moratória na fabricação de automóveis. É questionar com vigor essa cultura e ditadura do automóvel. E mesmo questionar o tal carro "ecológico" certificado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Rechaçar essa sociedade que é desenhada e estruturada no automóvel.)



Monólogo do livre gozo

A língua perambula pelos contornos

Incondicionalmente de um mundo em movimento

E torna-os

Num livre vôo dos abutres

(Pênis - Contra o consumismo, autogestionemo-nos! Tomemos a vida em nossas mãos! Desaceleremos o tempo! Roube sua vida de volta!)











MONÓLOGO DO BOI

Ah! Se suas lágrimas pudessem ter

Pudessem ter

Ter...

Acesso a todos os meios de comunicações

(Naua – as árvores são assassinadas porque vivem várias gerações. X humanx ker apagar sua historia)



MONÓLOGO DOS PEIXES

No pequeno lago que resta

Flor esta

Balança com o vento.

Urbana

Há um pequeno peixe jornalista

E escritor

Em que seu laser é assassinar pescador

E pescadora.

(ûnan - A civilização iniciou a guerra, a subjugação da mulher, o crescimento populacional, o trabalho forçado, os conceitos de propriedade, hierarquias, e praticamente todas as doenças conhecidas, isso para citar apenas algumas das suas conseqüências devastadoras. A civilização começa e conta com uma renúncia forçada do instinto da liberdade. Ela não pode ser reformada, portanto é nossa inimiga.)



PORQUE AS COISAS SÃO PRA POUCOS?

A fumaça invade

Meu cérebro

E descubro que pra poucos,

A maioria tem que sangrar.

E descubro que para maioria

Para poucos tem que sangrar.

O que você espera?

(Black Blocks – “O capitalismo não se desmorona sozinho. Ajudêmo-lo!”)


O beija-flor paira no ar

No ar

Paira o projétil

Rockefeller sangra no lar

(Oceano pacifico – Viva La palestina livre!)



MONÓLOGO DA DOMESTICAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA

O sol

Algumas Luas

Nas copas nuas

Observa a domesticação

A pequena aranha

(Oceano Indico – O que seria do arco-íris se a natureza fosse racista?)



MONÓLOGO DO CONDICIONAMENTO

A pequena ruela

Foi condicionada a servir

Mesmo assim

Fugiu para discernir

(Engel - Antes da civilização existia um amplo tempo livre, uma considerável autonomia e igualdade sexual, uma aproximação não destrutiva do mundo natural, a ausência de violência, nenhuma instituição mediadora ou formal, e uma saúde vigorosa.)





NA CAMA

Dois seres se lambuzam em trocas de cheiros, toques, olhares, volúpias, suores, animalidades,

No chão a pele vazia emoldura

Esculpida pelo status quo.



A roupa

O varal

O vento balança y assopra

Pedaços de vaidade vazia.



A roupa

Não passa de um esconderijo

Para o reflexo dxs outrxs que importa.(?)

A diferença para você é apenas um pedaço morto sem vida na vitrine da loja ao lado.

Onde vende-se mais um vazio que no vazo da vida é cordeiro.

A diferença cumpadi

É a essência da vida terráquea.

Na cama

Na lama

AmA



não importa tá.

O que importa

E se lambuzar

Ar

Ar

Ar...

A

Ah

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh

gozei!

(Oceano Atlântico – Não adianta respeitar o outro porque ele é parecido, com você. Virtude é respeitar o outro com suas diferenças, porque ele é outro.)

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