Monólogo Meus sonhos não morrem comigo.
Os poemas que foram meus, por alguns segundos;
Acabo de abortá-los
Para que eles trilhem seus próprios caminhos
Nesse mundo de palavras e
Letras daninhas.
(Anigav - Hoje, a única alternativa para esse apocalipse motorizado é uma moratória na fabricação de automóveis. É questionar com vigor essa cultura e ditadura do automóvel. E mesmo questionar o tal carro "ecológico" certificado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Rechaçar essa sociedade que é desenhada e estruturada no automóvel.)
Monólogo do livre gozo
A língua perambula pelos contornos
Incondicionalmente de um mundo em movimento
E torna-os
Num livre vôo dos abutres
(Pênis - Contra o consumismo, autogestionemo-nos! Tomemos a vida em nossas mãos! Desaceleremos o tempo! Roube sua vida de volta!)
MONÓLOGO DO BOI
Ah! Se suas lágrimas pudessem ter
Pudessem ter
Ter...
Acesso a todos os meios de comunicações
(Naua – as árvores são assassinadas porque vivem várias gerações. X humanx ker apagar sua historia)
MONÓLOGO DOS PEIXES
No pequeno lago que resta
Flor esta
Balança com o vento.
Urbana
Há um pequeno peixe jornalista
E escritor
Em que seu laser é assassinar pescador
E pescadora.
(ûnan - A civilização iniciou a guerra, a subjugação da mulher, o crescimento populacional, o trabalho forçado, os conceitos de propriedade, hierarquias, e praticamente todas as doenças conhecidas, isso para citar apenas algumas das suas conseqüências devastadoras. A civilização começa e conta com uma renúncia forçada do instinto da liberdade. Ela não pode ser reformada, portanto é nossa inimiga.)
PORQUE AS COISAS SÃO PRA POUCOS?
A fumaça invade
Meu cérebro
E descubro que pra poucos,
A maioria tem que sangrar.
E descubro que para maioria
Para poucos tem que sangrar.
O que você espera?
(Black Blocks – “O capitalismo não se desmorona sozinho. Ajudêmo-lo!”)
O beija-flor paira no ar
No ar
Paira o projétil
Rockefeller sangra no lar
(Oceano pacifico – Viva La palestina livre!)
MONÓLOGO DA DOMESTICAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA
O sol
Algumas Luas
Nas copas nuas
Observa a domesticação
A pequena aranha
(Oceano Indico – O que seria do arco-íris se a natureza fosse racista?)
MONÓLOGO DO CONDICIONAMENTO
A pequena ruela
Foi condicionada a servir
Mesmo assim
Fugiu para discernir
(Engel - Antes da civilização existia um amplo tempo livre, uma considerável autonomia e igualdade sexual, uma aproximação não destrutiva do mundo natural, a ausência de violência, nenhuma instituição mediadora ou formal, e uma saúde vigorosa.)
NA CAMA
Dois seres se lambuzam em trocas de cheiros, toques, olhares, volúpias, suores, animalidades,
No chão a pele vazia emoldura
Esculpida pelo status quo.
A roupa
O varal
O vento balança y assopra
Pedaços de vaidade vazia.
A roupa
Não passa de um esconderijo
Para o reflexo dxs outrxs que importa.(?)
A diferença para você é apenas um pedaço morto sem vida na vitrine da loja ao lado.
Onde vende-se mais um vazio que no vazo da vida é cordeiro.
A diferença cumpadi
É a essência da vida terráquea.
Na cama
Na lama
AmA
má
não importa tá.
O que importa
E se lambuzar
Ar
Ar
Ar...
A
Ah
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh
gozei!
(Oceano Atlântico – Não adianta respeitar o outro porque ele é parecido, com você. Virtude é respeitar o outro com suas diferenças, porque ele é outro.)
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