segue putoesias. sirva-se do veneno!
Nanû
NANÚ DA SILVA
Me fez observar a pequena formiga
Protestando contra os pés humanxs
(Frosdin - Como enfrentar as estruturas massificantes que jogam com o futuro dx humanx para não abrir mão de seus privilégios?)
Zazá no bueiro da Avenida faca de três gumes
A pequena baratinha
Socializa sua comida com Zezé
O grilo
(Trinitrotolueno - Nós estamos em guerra e nossa promessa aos desenvolvimentistas e à polícia, que protege eles e seus projetos, é simples: na medida em que vocês constroem alienação e exploração para as nossas vidas e nossos lares, nós não hesitaremos em consumir seus pesadelos com nosso fogo!")
Duas pequenas pedras
Numa conversa informal
Entrelaçaram-se com a vidraça
Uma delas assassinado o policial
Que existia em mim.
(Anosmia - Dois verbos podem traduzir bem a estupidez humana. Ter e ser.)
Na sombra
Na medida do impossível
O possível assassinou quietamente o IM
Deixando o rubro jorrando na calçada
Presidente da Repsol
(Dicloro-difenil-tricloroetano - O mundo inteiro sabe que, desde 2002, Israel está construindo um muro gigantesco na Cisjordânia. O que raramente se observa é que esta enorme parede de concreto não é a única que tem sido erguida pelo Estado de Israel, ainda que isso seja o que tem de mais visível. De fato, atualmente, os palestinos se chocam com quatro muros que os impedem de levar uma vida digna e conseguir seus direitos nacionais: um muro de ferro, um muro de arame, um muro de cristal e um muro de concreto.)
NINHO DE HUMANXS
Lentamente com o olfato armado
Caminha a iguana
Com água na boca
(Cumprido - Aprende-se, através da propaganda e informação “científica” equívoca, ke “açúcar é energia”. A realidade é justamente oposta.)
Palestina Israel
A tartaruga jabuti
Teve seu caminho interrompido por concreto
(Quelé - As leis promovem o silêncio, a submissão e a obediência)
Fora da rotina
A pequena cobra
Serpenteia sobre o cadáver das leis
(João Araguaia - Quanto mais escolaridade, maior o risco de agressão ao próprio humanx e ao meio ambiente, porque todas as instituições capitalistas trabalham em favor do capital – inimigo do humano.)
CADÁVER DO SILÊNCIO
Censura
O silêncio foi morto
A rajada por um menino de quinze anos
(Carretel - Quanto mais tempo um estudante fica na escola aprendendo química, mais conhecimento ele terá para oferecer às multinacionais que envenenam o mundo.)
ENTERRO DA SUBMISSÃO
Perfurando as entranhas da terra
A minhoca Chica
Esbarrou-se com o cadáver da submissão
(Valk - “açúcar – é um produto agressivo, um “dopante” ke não fornece ao organismo qualquer oligoelemento, qualquer diástese, qualquer vitamina, enquanto sua digestão e sua assimilação os retira do organismo; é um descalcificante, um desmineralizante”.)
MONÓLOGO DO HOMO OECONOMICUS
Compra-se a placa de vende-se
Para não perder a vez de comprar.
(Antimuco – Certas ervas diluem as mucosidades estimulando sua eliminação e a limpeza das vias respiratórias e dos seios da face. Onde encontrar: alho, cebola, rábano-picante, rabanete, tomilho, menta-eucalipto, agrião, pinho.)
Na pequena estrada
As flores
Sendo fotografadas pela pequena abelha
(Nauá – De bicicleta perfura o vento. O beija-flor sorri.)
MONÓLOGO DO TRABALHO
Assassino-me por migalhas que caem da mesa do explorador
A destruição de mim mesmo como humano
Escravo-me na dilaceração de migalhas que me satisfaz por momentos
O tempo, que não me é livre me trás marcas de cansaços.
O livre tempo não existe
Assassino de uma comunidade.
O trabalho ira matar a maior parte dos trabalhadores
Se correr o bicho pega
Se ficar o bicho come
Se unirmos o bicho foge
E a liberdade se conquista.
(Hormônios – muitas plantas contêm estrogênios (fitoestrogênios) que comprovadamente auxiliam a mulher, principalmente no período da menopausa. Onde encontrar: repolho, couve, couve-de-bruxelas, cenoura, couve-flor, milho, cominho, feno-grego, alho, soja, gergelim, amendoim, feijão verde, batata, abacaxi.)
MONÓLOGO DA RELIGIÃO
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O amor e toda sua pluralidade.
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O diferente e toda sua misturalidade.
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Os poetas. As poetisas.
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Apoiar a exploração patronal
Apoiar o extermínio de animais.
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A morte da razão
Molda conceitos pré-fabricados
Nas industrias do ocidentalismo branco.
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O espírito natural da revolta no ser humano
(Ao som da The gerogerigegege(jap) - Antivirais – Alho, suco de uva, suco de maçã, cebolinha verde e cebolas de todos os tipos, limão, laranja, cogumelo shiitake, pêssego, sálvia, hortelã, menta, brócoli, abóbora amarela.)
MONÓLOGO DA POESIA MARGINAL
POderá dizer o que quiser. Em qualquer lugar. Até pra si mesmo. Num canto qualquer.
E mesmo que alguém ouça e não entenda. Tudo bem! É para loucos.
SInceramente não damos a mínima para seus rabiscos, que só apóia o estabelecido
Ah! Antes que eu me esqueça:
De nada vale
Se não há movimentação!
Xs poetas mortxs deixem para xs outrxs.
(Bactericidas – agentes que destroem as bactérias. Onde encontrar: orégano, alho, cebola, eucalipto, pinho.)
MONÓLOGO DO MATE UM DEUS POR DIA
Em um pequeno riacho que brota numa pequena floresta
Uma lambari sobe a corredeira
Para desovar a morte de deus.
(Fungicidas – Agentes que destroem os fungos. Onde encontrar: ipê-roxo, arruda, erva-de-santa-maria, rubim, óleo de rícino.)
O beijo e a flor
Entrelaçaram-se numa noite de preguiça
O Beija-flor
(Nauá – O mundo é maravilhoso. A sociedade é que fudida)
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