miércoles, 28 de octubre de 2009

CAFÉ LITERARIO LUZ Y LUNA, 26 DE SEPTIEMBRE, DAUFEN BACH, BRASIL

Poemas de daufen bach., escritor brasileiro, cônsul dos “poetas del mundo” na no estado de MT, Brasil.

“verso do reencontro”

quando partiu,

(na lua minguante)

minha fidelidade amante

se pôs à prova.

os dias que se seguiram,

nas lágrimas que partiram

te esperei renascer,

na lua nova.

“verso del reencontro”

cuando partió,

(en la luna minguante)

mi fidelidad amante

se puso a la prueba.

los días que se siguieron,

en las lágrimas que partieron

te esperé renascer,

en la luna nueva.

“dos versos no céu de tua boca”

achei três versos

no céu de tua boca

enquanto me abraçava o quadril,

com as tuas coxas

e cantei:

me ame em silêncio,

como se em gritos

e me dê o teu gozo mais ardente

para conjugarmos

o efêmero e o infinito.

“de los versos en el cielo de tu boca”

hallé tres versos en el cielo de tu boca

mientras me abrazaba el cuadril,

con tus coxas

y canté:

me ame en silencio,

como si en gritos

y me dé el tuyo gozo más ardiente

para conjugarmos el efímero y el infinito.

“ausência (tua)”

leviana moldura,

sopro,

palavras desfeitas,

dissociação.

abismo, nada.

em sonhos surges e me surpreende.

“ausencia (tuya)”

liviana moldura,

soplo,

palabras deshechas,

disociación.

abismo, nada.

en sueños surges y me sorprende.

“a lembrar-te nas madrugadas”

o meu joelho em tuas coxas

tem um quê de súplica muda,

uma exclamação

que se funde as chamas dos teus olhos

e acaricia o contorno dos teus lábios...

fim de tarde,

amanhece o sol em teu quarto,

debruças sobre o meu corpo

e desrespeitas a minha segurança.

sorrio.

teu corpo escorrega

pelas palmas das minhas mãos.

“a recordarte en las madrugadas”

mi rodilla en tus muslos

tiene algo de súplica muda,

una exclamación

que se funde a las llamas de tus ojos

y acaricia el contorno de tus labios...

fin de tarde,

amanece el sol en tu habitación,

te echas sobre mi cuerpo

y desacatas mi seguridad.

sonrío.

tu cuerpo desliza

por las palmas de mis manos.

“te amo”

te amo, meio verso, meio cama,

meio certo, meio torto,

meio lúcido, meio louco,

meio água, meio chama.

te amo, meio vida, meio morte,

meio azar, meio sorte,

meio passarinho voando.

te amo, na medida certa dos meus destemperos,

nem demais porque é exagero,

(amor demais não existe!)

nem de menos porque, então,

não seria amor.

(ofício sem labor!).

te amo, na mistura certa de todas as efusões,

um amor de tintura afrodisíaca,

de cremes a amaciar as mãos,

de encrenca que não se palpita.

te amo, com gozo de água

que acalma o fogo...

(entra em ebulição).

"te amo"

te amo, medio verso, medio cama,
medio cierto, medio torcido,
medio lúcido, medio loco,
medio agua, medio fuego.

te amo, medio vida, medio muerte,
medio casualidad, medio suerte,
medio pájaro volando.

te amo, en la medida cierta de mis desvarios,
ni demasiado, porque es exageración
(amor demasiado no existe!)
ni de menos, porque, entonces,
no seria amor.
(oficio sin labor!)

te amo, en la mezcla cierta de todas las efusiones,
un amor de tintura afrodisíaca,
de cremas a suavizar las manos,
de complicación que no se presente.

te amo, con gozo de agua
que calma el fuego...
(se pone al punto de ebullición).

“a confissão do impróprio”

antes da confissão do poeta, um lírio sobre a escrivaninha,

deixem apenas uma vela acesa,

nua,

(sem castiçal)

a derreter no tempo junto com as palavras.

não esperem esse tempo de nuvens escuras, pois,

tudo é breve,

o lírio,

a vela e o poeta...

talvez, apenas as palavras fiquem.

permitam ao silêncio

o não ater-se ao uivo camuflado das ruas

ou ao lirismo desbaratinado e incomedido...

ao impróprio, verdades primeiras,

roupas que caibam em sua nudez,

(ele não cabe em lugar nenhum)

sentidos? os mais verdadeiros...

lhe permitam uma busca perene

daquilo que lhe é simples e vital,

daquilo que lhe é encontro

e carecido apenas do olhar e do sorrir.

livrem-no do peso ou da conveniência das carapuças,

sem reprimendas ou bajulações.

deixem-no com suas constatações intrínsicas,

âmago e cerne,

com sua filosofia e criticismo,

com o seu senso comum

e as tautologias prosaicas...

___

é tarde,

me cansa a revelia das demoras.

minha obsessão é uma síntese de gestos e de caprichos

que insiste em despedir no verso

a raiva de ter nascido um “sentidor”...

as páginas, brancas, estão a espera do preenchimento,

parto-me,

reparto-me e me distribuo em todas.

em cada uma delas muitas angústias e tantas dores.

na iminência, o nada,

como se não houvesse concretude e antídotos de conforto.

apressado, termino como um grito,

um aceno não visto e não ouvido.

quem me dera reescrever a teoria de Baudelaire

e corresponder então,

além dos perfumes, das cores e dos sons,

todos os sentimentos e amalgamá-los...

quem me dera, na mediocridade de poeta não sabedor,

compor metáforas que sublimassem em perfumes

a intensidade e toda a efemeridade do viver.

em sons, cantos angelicais...todos os gemidos inaudíveis.

em cores radiantes, todas as madrugadas escuras e sem luas

e, pudesse escrever poemas que fossem apenas ilusões.

três vezes a consciência do olho aberto,

três vezes o despertar sem ainda ter dormido...

essa minha “out side art” que me leva

e me eleva aos versos de um poeta tuberculoso,

enquanto submergido e fractais caleidoscópicos,

trás a novidade que não tem o tamanho

das contrições,

da doutrina que me pôs cativo.

muitas faces no poema...

em qual delas existo?

em qual das ilusões minha tez envelhecida

ganhou uma vida a menos e passou a ter fome de paraíso?

não me contento com o querer ser ou, com o deixar de ser,

com o existir apenas por existir...

ternura, onde foi que te encontrei?

minha carne incorruptível,

minha sanha bandida e avessa que goza

os vícios e os faz oportunos,

onde achou os traços do beijo na testa?

das lágrimas espremidas no canto do olho,

a descerem como se fosse eu um bichinho?

desdobrável, raiz envergonhada,

meu subterfúgio, um parto de licenças poéticas

que me afunda nos reinos em que, servo, inauguro

a minha maldição de escrever a amargura

vestida de uma desculpa cabível,

que não evoca os rancores,

os remorsos,

as mentiras...

esse rodeio de frases,

como um canto ao meu nome numa lápide.

não me interessam os corpos bonitos,

as noivas virgens...

em cada esquina seios fartos e pernas lisas,

em cada esquina um orgasmo em oferta

para que eu cumpra o meu papel de michê ...

não me importa se, vadias ou matronas embevecidas,

importa-me os sentimentos sem governos, mas leais,

o regalo daquela em que, fiel, dói e se condói

(como canção de caixinha de música)

e expõe o bicho do corpo como órfã em véspera do sono.

onde escrevo o que não há palavras?

onde, moribundo, confesso os meus pecados?

não me servem mais os dias,

tampouco as noites.

não existo mais para a magnitude das coisas,

para os sorrisos e para a compreensão...

minha confissão,

uma vela,

um lírio

e as palavras que ficam para “o eternamente”.

la confesión del impropio”

antes de la confesión del poeta, un lirio sobre la escribania,
dejen sólo una vela acesa,
desnuda,
(sin candelero)
a derretir el tiempo junto las palabras.
no esperen ese tiempo de nubes oscuras, pues,
todo es breve,
el lírio,
la vela y el poeta...
quizá sólo las palabras queden.

permitan al silencio
el no atenerse al aúllo disfrazado de las calles
o al lirismo revuelto e incontenible...
al impropio, verdades primeras,
ropas que quepan en su nudez,
(él no cabe en lugar ninguno)
sentidos? los más verdaderos...
le permitan una búsqueda perene
de aquello que le es simple y vital,
de aquello que le es encuentro
y carecido sólo del mirar y del sonreír.


líbrenlo del peso o de la conveniencia de las caperuza,
sin reprimendas o adulaciones.
déjenlo con sus constataciones intrínsecas,
amago y cerne,
con su filosofía y criticismo,
con su sentido común
y las tautologías prosaicas...


___
es tarde, me cansa la rebeldía de las demoras
mi obsesión es una síntesis de gestos y de caprichos
que insiste en despedir en el verso
la rabia de haber nacido un sensible...
las páginas, blancas, están la espera del relleniemento,
me parto,
me reparto y me distribuyo en todas.
en cada una de ellas muchas angustias y tantos dolores.
en la inminencia, lo nada,
como si no hubiera finalización y antídotos de conforto.
apresurado, termino como un grito,
un gesto no visto y no oído.


quién me hube dado reescrebir la teoría de Baudelaire
y corresponder entonces,
además de los perfumes, de los colores y de los sonidos,
todos los sentimientos y amalgamálos...
quién me hube dado, en la mediocridad de poeta no sabedor,
componer metáforas que sublimasem en perfumes
la intensidad y toda la efemeridad del vivir.
en sonidos, cantos angelicales...todos los gemidos inaudibles.
en colores radiantes, todas las madrugadas oscuras y sin lunas
y, pudiese escribir poemas que fuesen sólo ilusiones.


tres veces la conciencia del ojo abierto,
tres veces el despertar sin aún haber dormido...
esa mi “out side art” que me lleva
y me eleva a los versos de un poeta tuberculoso,
mientras sumergido y fractales caleidoscopicos,
tras la novedad que no tiene el tamaño
de las contriciones,
de la doctrina que me puso cautivo.


muchos rostros en el poema...
en cuál de ellos existo?
en cuál de las ilusiones mi tez envejecida
ganó una vida a menos y pasó a tener hambre de paraíso?
no me contento con el querer ser o, con el dejar de ser,
con el existir sólo por existir...


ternura, dónde fue que te encontré?
mi carne incorruptible
mi saña bandida y contraria que goza
los vícios y los hace oportunos,
dónde hallo los trazos del beso en la testa
de las lágrimas esprimidas en el canto del ojo,
a descender como se fuese yo un bichito?


desplegable, raíz avergonzada,
mi subterfugio, uno parto de licencias poéticas
que me hunde en los reinos en que, siervo, inauguro
mi maldición de escribir la amargura
vestida de una disculpa admisible
que no evoca los rencores,
los remordimientos,
las mentiras...
ese rodeo de frases,
como un canto a mi nombre en una lápida.


no me interesan los cuerpos bonitos,
las prometidas virgens...
en cada esquina senos fartos y piernas lisas,
en cada esquina un orgasmo en oferta
para que yo cumpla mi papel de “miché.”..
no me importa si, vagas o matronas extasiadas
me importa los sentimientos sin gobiernos, pero leales,
el regalo de aquella en que, fiel, duele y se conduele
como canción de cajita de música
y expone el bicho del cuerpo como huérfana en víspera del sono.


dónde escribo lo que no hay palabras?
dónde, moribundo, confieso mis pecados?
no me sirven más los días,
tampoco las noches.
no existo más para la magnitud de las cosas,
para las sonrisas y para la compresión.

mi confesión
una vela,
un lírio
y las palabras que quedan para “el eternamente”.

"quero amar-te ao entardecer”

quero te amar junto ao entardecer,

quando o dia teima em ficar

e a noite teima em nascer

e ver teu corpo nu,

dourado,

arder

no sol vermelho do ocaso...

amar-te sobre o relvado.

amar-te

com os cabelos esparramados sobre as folhas,

a farfalhar sombras móveis de flor e danças.

colher-te,

entregue,

como um astro rei perfumado

e germinar nos teus seios altivos

(como brotos)

o orvalho do toque arrepiado.

quero te amar num fim de tarde,

com nostalgia,

ao som da gaita de DILAN

ou de qualquer outra bossa

que acenda em teus olhos

o silêncio que ferve e rasga, ao meio, a agonia.

descobrir em teu corpo

as sementeiras da pradaria

e viajar nas sílabas roucas de tua boca

para a dimensão que antecede o grito

e, cala em sussurro,

a fala que treslouca o gemido bendito.

quero amar-te ao entardecer,

a lamber tuas pernas como água de correnteza

ou, como sol que se perde na areia,

naufragar em teu ventre,

como torrente de chuva de verão

e descobrir-te sereia, na relva,

no sol da tarde que incendeia,

toda nossa louca e alucinada paixão.

foste feita para ser amada no fim de tarde,

neste mágico encontro,

de sol e lua... sem alardes.

quiero amarte al atardecer”

quiero amarte junto al atardecer,
cuando el día insiste en quedar
y la noche taima en nacer
y ver tu cuerpo desnudo,
dorado,
arder en el sol rojo del ocaso...
amarte sobre el césped.

amarte
con los cabellos desparramados sobre las hojas,
la rumorear sombras móviles de flor y bailas.
tomarte,
ofrecida
como un astro rey perfumado
y germinar en tus senos altivos
(cómo brotes)
el rocío del toque erizado.

quiero amarte en un fin de tarde,
con nostalgia,
al sonido de la gaita de DILAN
o de cualquier otra bossa que
encienda en tus ojos
el silencio que hierve y rompe, por la mitad,
la agonía.
descubrir en tu cuerpo
las sementiales de la pradera
y viajar en las sílabas roncas de tu boca
a una dimensión que anticipa el grito
y calla en susurro
el habla que se calienta
en un gemido bendito

quiero amarte al atardecer,
a lamer tus piernas como agua corriente
o, como sol que se pierde en la arena...
naufragar en tu vientre,
como torrente de lluvia de verano
y descubrirte sereia, en la relva,
en el sol de la tarde que incendia,
toda nuestra loca y alucinada pasión.

fuiste hecha para ser amada en el fin de tarde,
en este mágico encuentro,
de sol y luna... sin alardes.

“pensamentos de cada manhã “

acordei eu mesmo,

queria ter acordado em meio a estradas planas,

em pautas de música,

e asceta,

espiar o fundo do fim da noite

enquanto esse meu coração soturno

lucidamente

rabiscaria no horizonte,

fecundado de frescor e orvalho,

os meus pensamentos de cada manhã.

“mis pensamientos de cada mañana”

desperté yo mismo,

quería haber despertado en medio la carreteras planas,

en pautas de música,

y asceta,

espiar el fondo del fin de la noche

mientras ese mi corazón soturno

lúcidamente

escribiría en el horizonte,

fecundado de frescor y rocío,

mis pensamientos de cada mañana.

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